Zé Leobino: O vaqueiro Nacional”
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José Ventura Lins, de 93 anos, mais conhecido como Zé Leobino, é identificado assim por ser filho de Leobino, vaqueiro que fez parte do grupo cangaceiro de Lampião. O vaqueiro que há muito tempo deixou de praticar a profissão que tanto ama ainda se veste como nos tempos das ‘pegas de bois’, com o velho chapéu de couro, por exemplo, que não sai da cabeça.
Seu Zé Leobino é mesmo uma figura famosa em Canindé de São Francisco por ser o vaqueiro mais conhecido da região, contador de fatos, de histórias das ‘pegas de bois’, além de ter presenciado a passagem pelo município do bando do tão temido cangaceiro. Cheio de causos e lembranças do que foi o cangaço foi homenageado com uma estátua ao lado de Lampião e de Maria Bonita, na praça da cidade, com a lápide de “Vaqueiro Nacional”.
“Só vi Lampião duas vezes, ele andava muito com meu pai, mas não costumava falar com crianças, gostava mesmo é de conversar com os adultos. Embora meu pai tivesse medo dos cangaceiros, se acostumou com eles porque andava pela caatinga como a gente. Nunca pensei em ser cangaceiro, queria mesmo era fazer parte da volante. Lampião não bulia com ninguém, queria que as pessoas fizessem favores pra ele”, conta Zé Leobino.
Quando interrogado sobre a famosa Maria Bonita, ele responde: “Ela não era feia, mas, bonita mesmo era a Maria de Pancada, outro cangaceiro do bando. Os cangaceiros terminaram em nada, e eu vi quando eles se acabaram”. De sua vida mesmo, ele conta que sua única paixão era viver nas caatingas e correr com seu cavalo atrás dos bois. Quando entrevistado se era muito namorador quando jovem, ele retruca: “Não sei o que é namorar, só tinha tempo pra ser vaqueiro, o amor mesmo era só as ‘pegas de bois’”, lembra.
Com informações do Jornal da Cidade.
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